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Combate aos distúrbios alimentares
Casos de bulimia, anorexia e compulsão precisam ser tratados o mais cedo possível

A recente pandemia de covid-19 aumentou a pressão social, a ansiedade geral e, também, os casos de distúrbios alimentares. O número de atendimentos nas clínicas do Rio e de São Paulo quase dobrou (IBGE).
Esses períodos de intenso estresse, além de prejudicarem sua saúde mental, podem ser gatilhos para compulsão alimentar, bulimia, anorexia, entre outros problemas.
Não existe uma idade predominante para o desenvolvimento do comportamento. Mas, de acordo com dados da OMS, cerca de 10% dos adolescentes apresentam algum transtorno relacionado. O número é alto e pode estar ligado às mudanças hormonais e às inseguranças da idade, muito influenciadas pelas expectativas de imagem e corpo ideal entre os jovens.
Os distúrbios alimentares são causados por uma série de fatores. Neste artigo, vou falar a respeito dos principais transtornos e da importância do tratamento médico.
O que é um distúrbio alimentar
O distúrbio alimentar é um transtorno em que a pessoa desenvolve uma relação não saudável com os alimentos. Ela pode se dar pelo excesso ou pela falta.

Algumas não conseguem parar de comer mesmo quando estão satisfeitas. Outras se sentem culpadas por comer e podem abdicar do alimento, chegando a níveis perigosos de desnutrição.
Em geral, pessoas com depressão, ansiedade e outros transtornos mentais têm mais chances de desenvolver esses distúrbios.
Entre os fatores de risco, estão:
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Preocupação excessiva com a imagem física;
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Maus hábitos alimentares;
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Distorção da imagem corporal;
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Autoestima baixa;
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Questões hormonais;
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Distúrbios emocionais.
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Na maioria das pessoas, o comportamento está ligado a um conjunto de fatores que podem envolver a saúde mental, questões socioculturais e, também, condições ambientais, biológicas e genéticas.
Os principais transtornos

Compulsão alimentar
Diferente de um episódio isolado de comilança, a compulsão é um transtorno obsessivo. Enquanto os casos isolados estão ligados a momentos, como exagerar no almoço de domingo, o paciente compulsivo come em curtos espaços de tempo (menos de duas horas, por exemplo) e em quantidades exageradas.
Essa pessoa pode chegar a ingerir 20 mil calorias em um único dia, ou seja, dez vezes mais do que a quantidade diária recomendada. Normalmente, a compulsão leva à obesidade e outras doenças relacionadas como a hipertensão e o diabetes.
Bulimia
Este transtorno envolve episódios de compulsão, em que o paciente come muito, seguidos do sentimento de culpa e de comportamentos prejudiciais como forçar o vômito, usar laxantes ou jejuar para não engordar.
É mais difícil de ser percebido porque a pessoa doente sente vergonha e come escondido. Além disso, ela dificilmente ganha peso. Os maiores problemas relacionados à bulimia não são visíveis: inflamação gastrointestinal, desnutrição, queda de cabelo, perda da disposição, sangramento retal, desidratação, perda de dentes e problemas cardíacos.
Anorexia
Ligada à distorção de imagem, a pessoa anoréxica se vê gorda. Por isso, seu comportamento começa com dietas, quase sempre, bastante restritivas e evolui para um quadro de privação do alimento.
Muitas vezes, o paciente perde peso com rapidez, mas ainda se sente insatisfeito com a própria aparência.
Esse comportamento pode causar alterações de humor, insônia, perda de massa magra, desnutrição, hipotermia, descamação da pele, anemia e até inibição do ciclo menstrual (em mulheres cisgênero).
Os distúrbios citados neste artigo são apenas os mais comuns. Há uma série de outros problemas e complicações relacionados aos transtornos alimentares. Manter uma dieta balanceada permite que o corpo receba todos os nutrientes necessários para seu funcionamento.
O tratamento desses comportamentos compulsivos, muitas vezes, depende da ajuda dos familiares, além de exigir o acompanhamento médico e psicológico contínuo.
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